terça-feira, 11 de dezembro de 2018

Ler

 Lemos as palavras, os sinais dos nomes das coisas. Lemos na paisagem os contornos das colinas, o diverso em diálogo com o aberto. Lemos com os olhos, com as cores e as formas da arte. Lemos entre o sonho e a perda, o doce e o amargo, Lemos na utopia do que procuramos compreender. Jorge Luís Borges deu-lhe a mais bela e sentida definição par esse espaço único, a Biblioteca. Defini-a assim, “Sempre imaginei a Biblioteca como uma espécie de paraíso”.    

Frase de Borges que se tornou um lema vivo, uma visão para um mundo suportado no livro, mas também em outras formas de expressão, a arte. Frase que nos indica que é necessário alimentar a imaginação, criar a fantasia para que seja possível alimentar outros territórios, ou tão só como disse Tolentino Mendonça, “encontrar Deus pelos baldios.” 

Frase para um resguardo do mundo, do barulho, do movimento, do social e onde é possível realizar a maior das aprendizagens. Essa que se torna essencial que é o de ler, ler continuadamente para um dia poder exprimir uma frase, uma história, ou só guardar a essência do real mais substantivo. A imaginação é sempre aqui uma conquista sobre o banal, sobre instante perdido em novidades sem significado.

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