começas a
sorrir
todo agitado
por dentro
enquanto as palavras saltam
dos teus dedos
para as teclas
e é como um
sonho de circo:
tu és o palhaço, o domador de leões
és o tigre
és tu próprio
enquanto
as palavras saltam
através de arcos em chamas,
e fazem triplos mortais
de trapézio em
trapézio, e
abraçam o
Homem-Elefante
enquanto
os poemas continuam a surgir,
um a um
escorregando para
o chão,
e tudo vai na esgalha e bem;
as horas passam
e logo
acabaste,
vai até ao quarto,
atira-te para cima da cama
e dorme o sono dos justos
aqui na terra
por fim, a vida perfeita.
por dentro
enquanto as palavras saltam
dos teus dedos
para as teclas
e é como um
sonho de circo:
tu és o palhaço, o domador de leões
és o tigre
és tu próprio
enquanto
as palavras saltam
através de arcos em chamas,
e fazem triplos mortais
de trapézio em
trapézio, e
abraçam o
Homem-Elefante
enquanto
os poemas continuam a surgir,
um a um
escorregando para
o chão,
e tudo vai na esgalha e bem;
as horas passam
e logo
acabaste,
vai até ao quarto,
atira-te para cima da cama
e dorme o sono dos justos
aqui na terra
por fim, a vida perfeita.
a poesia é
o que acontece
quando nada mais
pode.
quando nada mais
pode.
Charles Bukowski,
“Writing”, in New Poems Book
Three, 2004, London, Virgin Books.

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