domingo, 27 de janeiro de 2019

Ler...


 "Ler para quê? E escrever, para quê? Depois de ler cem mil, dez mi livros durante a vida, que se leu? Nada. (...) Ler não serve para nada, é um vício, um puro prazer, uma felicidade". (1)

Desde que entrámos na porta da História, se há algo que caracteriza a aventura humana são as palavras. Suporte desse material onde a linguagem organiza o conhecimento, a dúvida, a emoção e o sonho, os livros são a nossa memória. Conseguirá essa memória da palavra apresentar satisfatoriamente os sonhos do quotidiano?

Afinal que papel desempenham no quotidiano vivido de cada um a leitura e a escrita? Não serão aquelas signos materiais afastados das nossas necessidades pessoais? Na sociedade da imagem, que valor podem ter o livro e a leitura com a inevitável falta de tempo, onde a contemplação do horizonte parece apenas destinado aos que se situam à margem do sucesso virtual. A acrescentar a estas dificuldades, uma mais. Que livros escolher e quais deixar de lado, quais seleccionar, aqueles que nos «permitiriam melhor relacionar com o Universo», nas palavras de Gabriel Zaid. Como contornar este labirinto?

O livro nasceu como produto cultural no momento e no tempo em que a difusão de novas ideias permitia organizar outros modelos sociais. O livro trouxe-nos da História esses momentos de emancipação individual. O livro e a sua difusão estão ligados à criação dessa liberdade onde cada um pode ouvir a sua respiração e onde estão dispensados os sacerdotes do templo para que fundamentem o significado das acções humanas.

O encontro do homem com o livro é o resultado de uma acção que pretende afinal estabelecer uma «conversação» que faça da vida um caminho com significados. Afastados dessa liberdade criativa que a cultura greco-romana ou o renascimento afirmaram tão alto, vivemos num tempo absurdo em que da pior maneira verificámos que a nossa tecnologia e doutrinas económicas não souberam salvaguardar a dignidade individual. Tantos milhões de anos de História para concretizarmos uma sociedade com fundamentos de uma solidez feita de aparências.

Neste País onde o estudo do Grego, do Latim, da Filosofia, da Arqueologia são um passatempo para lunáticos, dispensável na formação da maioria, pode-se aspirar à organização do pensamento? Um País onde sai mais barato fazer exercícios para tratar do corpo do que alimentar o espírito, onde se deslocam objectos de memória sem conhecimento, onde tudo vale apenas pelo valor funcional. Sem valorização da identidade, da diferença, um caminho de ícones de plástico, onde se dispensa ser. Aspira-se aparentemente a ideias, mas sem leitura crítica, como se fosse possível presente, sem memória. O livro, a memória, a sua humanidade está em stand by, numa fogueira de vaidades pessoais.

O livro contém si o universo dos possíveis, encerra em si o leitor e apesar da sua magia deposita também nele e em nós,imensas fragilidades. Poderíamos comparar o livro à vindima da uva e ao seu produto, o generoso vinho. Quem o sabe apreciar não o dispensa, quem não o conhece vive afastado de uma beleza sem tempo. É verdade que o livro não regista a vida, a construção do quotidiano. Ele tal como a vindima é o produto, a colheita de um esforço humano, de uma inspiração da memória. É igualmente verdade que não poderemos ler todos os livros, nem sequer os que consideraríamos mais interessantes. E é sobretudo verdade que a natureza humana não está pensada para ser dominada por uma língua universal, numa aldeia global onde se determina tudo a todos e do mesmo modo.

A actual crise económica e social revela como mal preparados estão os agentes do poder político, os que organizam o domínio social e económico. Tantos já prevêem o fim do livro e nenhum soube compreender o seu próprio tempo, nem os movimentos que o organizam. Tantos afirmaram o fim da História a caminho de uma felicidade garantida pelos meios tecnológicos, pela clarividência dos princípios e afinal aqui estamos tão sós de sonhos, ainda à espera do «dia inicial e limpo» , como expressava Sophia.

Mais uma vez se comprova que a Humanidade dá-se melhor com uma Torre de Babel onde cada aldeia é um Universo, um centro de uma ideia de vida do que na vasta globalização. O homem vive na sua natureza de uma universalidade limitada. Estas fragilidades do homem, do leitor e da vida são oportunidades. Podem ser as nossas oportunidades. Elas permitem-nos compreender que a vida humana é feita de momentos.

É o livro que nos dá essa revelação, essa relatividade de que todos somos feitos. «O livro não oferece nenhuma explicação acerca do destino do homem, mas tece uma apertada rede de convivências entre a vida e ele», nas palavras de Daniel Pennac, expressam bem o motivo de o homem pela sua mortalidade aspirar aos sonhos, às emoções e é esse é o fundamento da escrita. Esperamos assim da leitura, o que Gabriel Zaid no seu pequeno, mas íntimo livro consegue estabelecer connosco, uma «conversação». E não é isso a vida, entre a alegria e o absurdo, uma tentativa de construir um diálogo? O homem e o livro aproximam-se assim, «na definição de constelações que promovam a conversação para o bem comum», ainda nas palavras de Gabriel Zaid. As Bibliotecas são neste contexto apenas um dos instrumentos para organizar, promover e difundir esse diálogo comunicativo essencial ao Homem. O livro pode dar-nos essa intimidade do diálogo, num mundo de cegos.

(1) - Gabriel Zaid, Livros de mais, Ler e publicar na era da abundância, páginas 49 e 116)
Imagem - sem referência de autoria na Web.

quinta-feira, 17 de janeiro de 2019

Os livros...

O livro é um dos objectos raros, por onde se construíram caminhos, fronteiras que fundaram novas realidades. O livro alimenta a imaginação, cria a fantasia e concede-nos a possibilidade de alimentar novos territórios para uma esperança, feita de mundos alternativos aos critérios da econometria. O livro constrói no universo das ideias, um realismo superior à realidade, pois dá-nos as fronteiras ilimitadas da leitura. Embora muitos dispensem esta chave de abrir tesouros e vidas infindáveis ela é um imenso privilégio. É-o, pois significa que superámos as mais baixas condições da utilidade dos dias, que já não vivemos num quotidiano de carências, de sobrevivência e de medo. A leitura permite ter acesso a um espaço de recolhimento, para desfrutar momentos de lazer e de conhecimento.

O que faz a grandeza do livro é a sua essência, isto é, não a leitura em si, mas a criação das imagens que ela suscita. Podemos dizer que a leitura vale pela sua literacia. O livro é o único suporte de leitura que se basta a si próprio, pelo que só depende do leitor, do seu tempo privado, ao contrário da televisão, ou do cinema. O livro chama-nos, carece do nosso entusiasmo. Ler é assim, acima de tudo, o momento de construção de imagens, “o levantar a cabeça”, imaginado essas imagens que a leitura trouxe. A leitura, a sua essência repousa na construção dessa reflexão, nesse tempo individual. A leitura isola o leitor, permite a imobilidade, instala o silêncio e concede-nos um processo de contra-movimento contra a cidade, o grupo, o barulho, o movimento, os outros, libertando-nos do tempo.

Os livros são assim os elementos de um ritual de silêncio e descoberta, os instrumentos para a construção dum paraíso, essa divindade, de que tanto carecemos, justamente as Bibliotecas. Com elas e neles vivemos momentos, como respiração de recolhimento e reflexão. É dos livros e do seu silêncio ordenado que recebemos essa energia que nos permite descobrir em poucos anos universos inteiros. É pelos livros, pelas suas palavras, que damos peso, estrutura ao que somos. É na respiração das palavras que anunciamos as formas como que vemos o mundo, e somos muito, “aquilo que as palavras ouvem” (Manuel António Pina) e é por isso que eles são a mais bela forma de registar o mundo e as suas cores.

Da casa de papel (I)


A cidade era modestamente recente, feita dessas novidades de novos colonizadores, artefactos de comunicação à procura de novidades, como instantes de repouso nos olhos dos deuses. Atrás desse tempo comemorativo de grandes conquistas, ruas empoeiradas de mendigos traziam os velhos despojos dos que não foram reabilitados para a iconografia de novos sucessos.

O porto ainda trazia as gaivotas e os gansos de longas distâncias, onde caminhavam crianças adormecidas no rasto dessa liberdade de ave e onde novas lojas se abasteciam dos peixes entornados do mar, vivos ainda de maresia e azul. Entre essas crianças e eu próprio vestiram-se edifícios novos, lojas de novos conquistadores, como se o tempo fosse uma grosseira construção de escolhidos. Nas margens da doca ouviam-se sons de realejo, os desfasados do sucesso a pedir esmolas, mas também a colorir voos rasantes com uma tristeza soturna de quem pede pão, um sinal de uma lágrima a querer voar, como um beijo numa face.

Na parte velha da cidade, arqueológica, de pedaços de um tempo esquecido, uma Nothing Hill de outras latitudes arruma frutos tropicais e livros antigos, contos de aztecas e maias entre as novidades do mercado castelhano, avassalador de traduções, enigmas de um tempo a construir. Abandonei essa circulação estratégia de palavras, por onde em prateleiras distantes velhos livros de sabedoria ainda se consumiam em totens de outros tempos, de outros sonhos. E vi neles essa importante forma de passar o tempo com vozes que nos quer fazer compreender algo, distribuir algumas formas de delicadeza, como quem se oferece na sua própria revelação. 

Delicadeza como quem revela segredos, sempre eternos do próprio sentido humano. Emoção e mistério confirmando o livro como janela de luz sobre a vida, suporte de entendimento para ela própria em vozes nascidos no enigma do próprio tempo. No centro da cidade El Ateneo é uma referência. Arte em si e na divulgação do livro. Um templo. Não admira que Borges visse esse conto de fantástico como a energia possível do paraíso.

(A partir de uma viagem pelas ruas de Buenos Aires e com o coração em Buenos Aires).

segunda-feira, 7 de janeiro de 2019

Ler...

Ler devia ser proibido. Afinal de contas, ler faz muito mal às pessoas: acorda os homens para realidades impossíveis, tornando-os incapazes de suportar o mundo insosso e ordinário em que vivem. A leitura induz à loucura, desloca o homem do humilde lugar que lhe fora destinado no corpo social. 

Não me deixam mentir os exemplos de Don Quixote e Madamme Bovary. O primeiro, coitado, de tanto ler aventuras de cavalheiros que jamais existiram, meteu-se pelo mundo afora, a crer-se capaz de reformar o mundo, quilha de ossos que mal sustinha a si e ao pobre Rocinante. Quanto à pobre Emma Bovary, tomou-se esposa inútil para mexericos e bordados, perdendo-se em delírios sobre bailes e amores cortesãos.

Ler realmente não faz bem. A criança que lê pode se tornar um adulto perigoso, inconformado com os problemas do mundo, induzido a crer que tudo pode ser de outra forma. Afinal de contas, a leitura desenvolve um poder incontrolável. Liberta o homem excessivamente. Sem a leitura, ele morreria feliz, ignorante dos grilhões que o encerram. Sem a leitura, ainda, estaria mais afeito à realidade quotidiana, se dedicaria ao trabalho com afinco, sem procurar enriquecê-la com cabriolas da imaginação.

Sem ler, o homem jamais saberia a extensão do prazer. Não experimentaria nunca o sumo Bem de Aristóteles: o conhecer. Mas para que conhecer se, na maior parte dos casos, o que necessita é apenas executar ordens? Se o que deve, enfim, é fazer o que dele esperam e nada mais? Ler pode provocar o inesperado. Pode fazer com que o homem crie atalhos para caminhos que devem necessariamente ser longos. Ler pode gerar a invenção. Pode estimular a imaginação de forma a levar o ser humano além do que lhe é devido.

Além disso, os livros estimulam o sonho, a imaginação, a fantasia. Nos transportam a paraísos misteriosos, nos fazem enxergar unicórnios azuis e palácios de cristal. Nos fazem acreditar que a vida é mais do que um punhado de pó em movimento. Que há algo a descobrir. Há horizontes para além das montanhas, há estrelas por trás das nuvens. Estrelas jamais percebidas. É preciso desconfiar desse pendor para o absurdo que nos impede de aceitar nossas realidades cruas. (…)

Ler pode ser um problema, pode gerar seres humanos conscientes demais dos seus direitos políticos, em um mundo administrado, onde ser livre não passa de uma ficção sem nenhumaverosimilhança. Seria impossível controlar e organizar a sociedade se todos os seres humanos soubessem o que desejam. Se todos se pusessem a articular bem suas demandas, a fincar sua posição no mundo, a fazer dos discursos os instrumentos de conquista de sua liberdade.
O mundo já vai por um bom caminho. Cada vez mais as pessoas lêem por razões utilitárias: para compreender formulários, contratos, bulas de remédio, projectos, manuais, etc. Observem as filas, um dos pequenos cancros da civilização contemporânea. Bastaria um livro para que todos se vissem magicamente transportados para outras dimensões, menos incómodas. E esse o tapete mágico, o pó de pirlimpimpim, a máquina do tempo. Para o homem que lê, não há fronteiras, não há cortes, prisões tampouco. O que é mais subversivo do que a leitura?

É preciso compreender que ler para se enriquecer culturalmente ou para se divertir deve ser um privilégio concedido apenas a alguns, jamais àqueles que desenvolvem trabalhos práticos ou manuais. Seja em filas, em metrôs, ou no silêncio da alcova… Ler deve ser coisa rara, não para qualquer um. Afinal de contas, a leitura é um poder, e o poder é para poucos. Para obedecer, não é preciso enxergar, o silêncio é a linguagem do submisso. Para executar ordens, a palavra é inútil.

Alem disso, a leitura promove a comunicação de dores, alegrias, tantos outros sentimentos. A leitura é obscena. Expõe o íntimo, torna colectivo o individual e público, o secreto, o próprio. A leitura ameaça os indivíduos, porque os faz identificar sua história a outras histórias. Torna-os capazes de compreender e aceitar o mundo do Outro. Sim, a leitura devia ser proibida. Ler pode tornar o homem perigosamente humano.
 
Guiomar de Grammont: “Ler devia ser proibido”, 
in PRADO, J. & CONDINI, P. (Org.). A formação do leitor: pontos de vista. Rio de Janeiro: Argus, 1999. pp. 71-73.

Imagem: Gerrit Dou - Old Woman Reading, 1632.

Vá a uma Biblioteca

 “Podemos combater a ignorância e a desinformação que alimenta o ódio. E podemos fazê-lo numa biblioteca pública”.  

Os tempos são de uma substantiva crise que se alarga do económico, ao social, ao cultural e ao espiritual. Uma crise que se vislumbra em amplos sectores da sociedade e que está a conduzir-se nos próprios fundamentos do que poderíamos chamar a decadência dos valores de uma Nação. Crise que fez emergir um caos feito de desordem, de desregulação, de disfunções várias. Uma crise que oblitera o essencial do que deveria ser uma acção política virada para a comunidade, como um sentido partilhado de valores. 

Crise formulada em desrespeito pelos valores essenciais, feitos de debate sério, informado, consciente sobre o próprio valor das pessoas e do seu contributo na sociedade. Crise feita da ideia de que qualquer informação é credível para manter uma posição ideológica. Uma crise feita sobre a decadência do conhecimento e formulada em opiniões irreconhecíveis em qualquer construção do saber, da sua curiosidade. A curiosidade pelo conhecimento, pelo acto de saber termina quando se descobre que a informação que cada um tem é diferente daquela em que se acredita. A crise que vivemos alicerça na ideia de que as nossas convicções são as únicas possíveis e que elas estão absolutamente certas. Por isso não se toleram ideias alternativas ao que cada um pensa, ao que institucionalmente se define como o certo. Não existe pois pensamento alternativo.

O caminho por aqui definido é perigoso e destrói o essencial do que significa a democracia. Este processo de caos em que nos encontramos impede que o sistema político e a sociedade sejam constituídos por cidadãos informados, por pessoas que sentem a curiosidade como forma de partilhar uma ideia colectiva sobre o futuro. Impede que cada um se sinta responsável por defender os valores que animaria uma sociedade feita da aceitação do outro. Para isso seriam precisos processos que abandonámos, Aceitação, Discussão, Debate, Igualdade, Oportunidade. Sem eles, sem o exercício da razão baseada em argumentos e factos sólidos que permitam a crítica ao próprio poder estabelecido não existe democracia.

É pois preciso uma acção capaz de mudar esta situação. Como sempre, qualquer mudança global implica uma transformação local. O que significa que é em cada um de nós que a mudança e o processo deve ocorrer. Como? Mantendo a capacidade de sermos informados, de sermos curiosos, de aceitar que sabemos pouco sobre muitas coisas e que é necessário que sejamos uma comunidade feita de diferentes perspectivas. Apenas assim se combate a ignorância e a desinformação, que são o alimento do ódio.

É preciso um sentido comunitário, de convivência com os outros, com os que nos rodeiam. E podemos fazer mais. Ler um jornal ou ver programas informativos em diferentes canais. Podemos estabelecer um diálogo com as pessoas que conhecemos e que têm um sentido diferente da escolha política e iniciar uma discussão, propor uma reflexão. Podemos ouvir. Fazendo isto e tentando entender melhor a opinião dos outros o mundo, poderá ser um lugar melhor.

E existe algo mais que todos podemos fazer. Podemos ir a uma Biblioteca, obter um librarycard e iniciar uma viagem para fortalecer a democracia. Podemos fazer da Biblioteca um lugar de encontro com vizinhos e conhecidos. Podemos encontrar livros e estabelecer uma rede de informação para melhor conhecer um assunto. Podemos fazer da Biblioteca um espaço de reconhecimento da própria comunidade. Podemos ir e visitar esse espaço e podemos recomendá-lo a diferentes pessoas. É por demais evidente que existem enormes benefícios de uma interacção com a comunidade e de ler por prazer. Recordemo-los. 

O estar sentado num espaço tranquilo feito de silêncio. O conhecer os espaços de uma Biblioteca Pública. O estar em contacto com uma ideia visual de ver pessoas procurando livros, lendo, tomando notas e aprendendo. Pessoas de diferentes espaços sociais e culturais estão sentadas juntamente, aprendendo juntas e falando umas com as outras. A Biblioteca concede esse encontro especial de ver que todos, de diferentes cores e nacionalidades se juntam com iguais oportunidades para aceder ao conhecimento e à informação. Tudo é gratuito e livre no melhor sentido das coisas. Num mundo isolado, onde é tão fácil criticar e desrespeitar os outros no anonimato da internet, as bibliotecas são um oásis propiciadores de um ambiente calmo e de comunidade. Elas são templos de conhecimento que dão as boas vindas a todos e dão substância espacial a todas as comunidades de um país.

Estamos no momento a viver um período na História, em que se não podemos estar juntos, se não podemos aprender uns com os outros, se não nos podemos respeitar mutuamente, então não teremos nenhuma democracia. A biblioteca pública está a desenvolver o seu papel para proteger e manter a nossa democracia. Ela está em cada comunidade, na linha da frente para ajudar a esse papel de conceder o acesso à informação, de promover competências de aprendizagem e de cidadania. A Biblioteca está consciente desse importante papel e orgulhosa de o realizar.
Por isso em 2019, seria muito bom que cada uma fizesse uma resolução contra a escuridão e a ignorância. Visitar regularmente uma biblioteca, utilizar o seu catálogo, o seu variado fundo de recursos. O nosso futuro, ou os caminhos do que seremos como nação depende muito disso.

Anthony W. Marx, New York Public Library. 01.01.2019 (via https://www.salon.com/)