"Ler para quê? E escrever, para quê? Depois de ler cem mil, dez mi livros durante a vida, que se leu? Nada. (...) Ler não serve para nada, é um vício, um puro prazer, uma felicidade". (1)
domingo, 27 de janeiro de 2019
Ler...
"Ler para quê? E escrever, para quê? Depois de ler cem mil, dez mi livros durante a vida, que se leu? Nada. (...) Ler não serve para nada, é um vício, um puro prazer, uma felicidade". (1)
quinta-feira, 17 de janeiro de 2019
Os livros...
Os livros são assim os elementos de um ritual de silêncio e descoberta, os instrumentos para a construção dum paraíso, essa divindade, de que tanto carecemos, justamente as Bibliotecas. Com elas e neles vivemos momentos, como respiração de recolhimento e reflexão. É dos livros e do seu silêncio ordenado que recebemos essa energia que nos permite descobrir em poucos anos universos inteiros. É pelos livros, pelas suas palavras, que damos peso, estrutura ao que somos. É na respiração das palavras que anunciamos as formas como que vemos o mundo, e somos muito, “aquilo que as palavras ouvem” (Manuel António Pina) e é por isso que eles são a mais bela forma de registar o mundo e as suas cores.
Da casa de papel (I)
A cidade era modestamente recente, feita dessas novidades de novos colonizadores, artefactos de comunicação à procura de novidades, como instantes de repouso nos olhos dos deuses. Atrás desse tempo comemorativo de grandes conquistas, ruas empoeiradas de mendigos traziam os velhos despojos dos que não foram reabilitados para a iconografia de novos sucessos.
segunda-feira, 7 de janeiro de 2019
Ler...
Ler devia ser proibido. Afinal de contas, ler faz muito mal às pessoas: acorda os homens para realidades impossíveis, tornando-os incapazes de suportar o mundo insosso e ordinário em que vivem. A leitura induz à loucura, desloca o homem do humilde lugar que lhe fora destinado no corpo social.
Não me deixam mentir os exemplos de Don Quixote e Madamme Bovary. O primeiro, coitado, de tanto ler aventuras de cavalheiros que jamais existiram, meteu-se pelo mundo afora, a crer-se capaz de reformar o mundo, quilha de ossos que mal sustinha a si e ao pobre Rocinante. Quanto à pobre Emma Bovary, tomou-se esposa inútil para mexericos e bordados, perdendo-se em delírios sobre bailes e amores cortesãos.
Vá a uma Biblioteca
“Podemos combater a ignorância e a desinformação que alimenta o ódio. E podemos fazê-lo numa biblioteca pública”.




